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Renan discute hoje as denúncias de pagamento do "mensalão" – Alagoas 24 Horas: Líder em Notícias On-line de Alagoas

O presidente do Congresso, Renan Calheiros, anunciou que vai reunir os líderes dos partidos no Senado e na Câmara dos Deputados hoje, às 11h, para uma decisão sobre como serão investigadas as denúncias de pagamento do "mensalão". De acordo com o presidente afastado do PTB, deputado federal Roberto Jefferson (RJ), o "mensalão" seria uma quantia mensal paga a deputados federais do PP e do PL para que votassem de acordo com a orientação do governo em matérias na Câmara e no Congresso.

O presidente do Congresso, Renan Calheiros, anunciou que vai reunir os líderes dos partidos no Senado e na Câmara dos Deputados hoje, às 11h, para uma decisão sobre como serão investigadas as denúncias de pagamento do "mensalão". De acordo com o presidente afastado do PTB, deputado federal Roberto Jefferson (RJ), o "mensalão" seria uma quantia mensal paga a deputados federais do PP e do PL para que votassem de acordo com a orientação do governo em matérias na Câmara e no Congresso. As hipóteses a serem debatidas, segundo Renan, são a criação de uma comissão parlamentar mista (de senadores e deputados) de inquérito; a ampliação dos objetivos da comissão já instalada (CPI que investiga denúncia de corrupção na Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos), "pelas conexões obvias"; e a continuidade das investigações da Comissão de Ética da Câmara. Há, ainda, a possibilidade de uma CPI exclusiva da Câmara dos Deputados. A opção por uma comissão apenas do Senado foi descartada por Renan, que também preside esta Casa. O mais importante, para ele, é "não haver dúvida sobre o avanço da investigação". A decisão, afirmou, não será "monocrática".

– Eu vou conversar com os líderes e eles vão decidir o que fazer para garantir a efetividade da investigação. A sociedade cobra muito isso de nós, o Brasil cobra muito isso de nós. E nós temos que investigar, responsabilizar e, se for o caso, punir, e punir exemplarmente – afirmou Renan. O presidente do Senado afirmou que, se houver recesso parlamentar em julho, a comissão continuará funcionando, com ocorreu no caso da CPI do Banestado, e também que o Congresso não será paralisado em função dos trabalhos de investigação.

– O Congresso vai continuar trabalhando, até porque é a única maneira que ele tem para recuperar o respeito da população – afirmou.

Reforma ministerial

O PMDB não tem o que comentar sobre a mudança na Casa Civil da Presidência da República, disse Renan. Para ele, a ministra Dilma Rousseff "tem virtudes e demonstrou ser competente no Ministério de Minas e Energia". Por isso, afirmou Renan, "ela pode cumprir um grande papel, sem dúvida". A decisão se o governo deve ou não ter um coordenador político, para Renan, é apenas do presidente Lula.

– Se não continuar com a coordenação política, significa, na prática, que ele vai ter que conversar mais, ouvir mais as pessoas. Se ele entender que precisa continuar com a coordenação, designa um coordenador, preferencialmente que tenha uma boa relação com os partidos – analisou. Perguntado sobre a participação do seu partido no governo, Renan respondeu que "o presidente é quem tem que imaginar qual formato ele quer para o PMDB". Depois disso, afirmou, a agremiação responderá a Lula "institucionalmente", uma vez ouvidas todas as correntes. Renan garantiu que, para o partido, não há interesse em aumentar o número de cargos no governo.

– O PMDB não tem ansiedade, não tem crise existencial no momento – disse. Na sua avaliação, o papel do PMDB na governabilidade "é insubstituível". Para ele, o partido, que é o maior no Congresso, "não vai sair da governabilidade em hipótese nenhuma", tendo ou não cargos no governo. A definição de governabilidade, segundo o presidente do Senado, é a de uma "construção institucional", uma "engenharia política que é a defesa do interesse do Brasil". E, na sua opinião, "o PMDB não tem como dar as costas à governabilidade".

Desarmamento

Renan aplaudiu a realização da campanha de desarmamento, que, segundo ele, é a segunda que mais recolheu armas do mundo. – Tivemos outra na Austrália que recolheu mais de 500 mil armas, mas lá se pagava preço de mercado pela arma. Neste recolhimento do Brasil se paga um preço simbólico – avaliou. Para o presidente do Senado, o fundamental é que se mantenha a sociedade mobilizada para se garantir a realização do referendo sobre a proibição de venda de armas em outubro.

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